O técnico do time feminino é Lucas, não António.

Porque o clube está devendo até as calças e o mercado do futebol sabe disso. Ninguém chega oferecendo menos de 20 milhões para jovens promissores de Palmeiras e Flamengo, porque sabem que esses clubes não vão liberar por menos. Mas para Corinthians, São Paulo e Santos, que estão na pindaíba, as ofertas sempre vão começar por baixo. Seria a mesma coisa se você estivesse desesperado, penhorando joias ou vendendo seu Palio 86 pra pagar a conta da padaria ou religar a luz da casa: ninguém vai oferecer o que você acha que vale, mas aquilo que acham que você topa. É a lei do mercado.

Castelo de areia.

O caso do Coronado se encaixa naquele ditado inexistente: 'a volta dos que não vieram'.

Então, quando são-paulinos e palmeirenses reclamam que têm menos jogos transmitidos que o Corinthians, devemos dar razão a eles? Só que não é isso. O objetivo da Globo é fazer dinheiro, por isso leva em conta o mercado. Não foi a Globo que nacionalizou as transmissões de jogos do campeonato carioca numa época em que não havia ainda o campeonato brasileiro. Quem fez isso foi a Rádio Nacional, que era a única que cobria todo o território, justamente porque Rio de Janeiro era a capital do país até o início dos anos 1960. Se o Flamengo tem mais torcedor/simpatizante no norte/nordeste, a lógica do capitalismo respalda a escolha da emissora.