O futebol nunca mudou. Vence quem faz uma boa marcação, impedindo as ações ofensivas do adversário, quem tem criatividade e produz jogadas com chance de gols e finalizações eficientes que resultam em gols. A maneira como um treinador arma a sua equipe depende das características dos seus atletas, da maneira de jogar do seu adversário e das exigências do jogo. Só que, de um tempo para cá, boa parte da imprensa esportiva e uma boa parte de torcedores inventaram essa história de 'futebol moderno e ofensivo' e 'futebol ultrapassado e retranqueiro'. Quem joga e marca mais avançado nem sempre é ofensivo. E quem joga e marca mais recuado nem sempre é retranqueiro. Pois bem, os treinadores que os tais jornalistas e torcedores chamam de 'modernos e ofensivos' (Cuca, Renato Gaúcho, Jorge Jesus, Abel, Vítor Pereira e Diniz) não conseguiram encarar os times europeus e vencer o mundial interclubes e um treinador chamado de 'ultrapassado e retranqueiro' (Tite) venceu o mundial, jogando recuado, marcando recuado, sem deixar de criar situações ofensivas e de fazer o gol decisivo que nos deu o título. Tite ganhou Libertadores e o Bi Mundial, ficando 16 jogos sem perder. O time fez 24 gols (média de 1,5 por partida) e tomou 4 gols (média de 0,5 por partida). Esses números comprovam que: quem ganha duas importantes competições de forma invicta (tomando apenas 4 gols) não é ultrapassado. E quem ganha duas competições importantes de forma invicta (fazendo 24 gols) não é retranqueiro. Tite mostrou a muitos jornalistas e torcedores, que não existe futebol moderno ou ultrapassado e nem futebol ofensivo ou retranqueiro. O que existe é competência ou incompetência. Paulo Autuori (São Paulo) e Abel Braga (Internacional) também conquistaram o mundial interclubes, jogando de maneira parecida com Tite e também são chamados de 'ultrapassados e retranqueiros'. Esses 3 treinadores são os únicos que conseguiram encarar os times estrangeiros e vencer o mundial. Portanto: Vida longa aos treinadores 'ultrapassados e retranqueiros' kkkk