Técnico do Corinthians é sincero ao abordar saúde mental e projeta retorno de Cássio em alto nível
10 mil visualizações 90 comentários Reportar erro
Por Pedro Mairton, Matheus Quintino, Rodrigo Vessoni e Victor Gomes
António Oliveira falou sobre saúde mental de Cássio após vitória do Corinthians
Rodrigo Coca/Agência Corinthians
O técnico António Oliveira foi sincero ao abordar sobre a saúde mental de Cássio, que foi para o banco de reservas do Corinthians no jogo contra o Fluminense após forte desabafo na última terça-feira, no duelo contra o Argentinos Juniors, da Argentina, pela pressão sofrida no atual momento pelo clube.
“Eu já tinha falado sobre saúde mental no jogo contra o Atlético-MG. Já tinha falado isso, para as pessoas terem alguma cautela e alguma atenção. As pessoas, depois, têm pena de toda a gente, mas agora é tarde. Os mesmos que hoje têm pena, são aqueles que descarregaram (críticas), entendeu? Mas não vou tecer mais nenhum comentário”, disse António Oliveira em entrevista coletiva após a primeira vitória corinthiana no Brasileirão.
António Oliveira ainda revelou ter tido uma conversa com Cássio, isentou o goleiro de culpa pela fase delicada do Corinthians neste momento da temporada e projetou o retorno em alto nível do camisa 12.
“Relativamente ao Cássio, é uma conversa entre mim e o Cássio. Ninguém tem nada a ver com isso. É uma situação interna minha, daquilo que é a forma de gerir um grupo de trabalho. Ser treinador não é só chegar ali e fazer o 4-4-2, o 4-2-3-1, o 4-3-3, é o treino, que potencia os comportamentos que devemos jogar, é muito mais do que isso… (Isso) é 20%, e 80% é a capacidade, ousadia e coragem de gerir um grupo de trabalhos com 30 egos diferentes, que têm sentimentos e emoções. Portanto, isso é o verdadeiro trabalho de um treinador. O Cássio não é culpado de nada, estamos aqui para ajudá-lo. Ele vai voltar forte, mas primeiramente temos que olhar sempre para o ser humano. Essa é minha principal prioridade, estou aqui sempre para os proteger”, afirmou o português.
Cássio não vive bom momento em 2024. O goleiro foi bastante criticado pela torcida pelos gols sofridos na sequência de três derrotas do Corinthians, o que resultou no forte desabafo na Argentina, onde cogitou até mesmo sair do clube. A diretoria corinthiana chegou a planejar uma reunião com o goleiro, e a comissão técnica optou por deixá-lo no banco de reservas no jogo contra o Fluminense, promovendo a entrada de Carlos Miguel.
Apesar das críticas, o camisa 12 foi ovacionado em peso pelos torcedores presentes nas arquibancadas da Neo Química Arena após a vitória corinthiana.
