O Corinthians Sub-20 entrou em reta final de preparação para a temporada de 2024. O elenco comandado por Danilo estreia no Brasileiro e no Paulista da categoria ainda na primeira quinzena de abril. Deixando o título da Copinha para trás, o volante Luiz Gustavo Bahia e o goleiro Matheus Corrêa comentaram, em entrevista exclusiva ao Meu Timão, a preparação para os torneios.

"Foi um bom início. A gente disputou dois amistosos, vamos para o terceiro agora e estamos aguardando a estreia do Brasileiro, que está para mês que vem", apontou Bahia, que foi completado por Matheus Corrêa: "Está sendo uma preparação muito boa. Os dois amistosos conseguimos ter um bom aproveitamento. Está sendo muito boa essa preparação e com certeza vamos chegar preparados para a estreia do Brasileiro".

À época que aconteceu a entrevista, o Timãozinho havia enfrentado apenas o Guarani e o Ituano. De lá para cá, também ocorreu o amistoso contra a Portuguesa, que acabou empatado em 0 a 0.

Tanto o meio-campista quanto o arqueiro estão em seus primeiros anos oficiais de Sub-20 por terem nascido em 2006. Ainda assim, Bahia, um dos atletas mais visados da base alvinegra, já vinha atuando na equipe em 2023. "Para mim nada aconteceu e quando acontecer sempre estarei focado, com os pés no chão. Tenho certeza que minha hora vai chegar, como sempre chegou. Estou focado para quando precisar, estar disposto e com a cabeça boa", comentou o volante quando questionado sobre as expectativas depositadas em si.

A estreia na equipe não é exclusividade da dupla, já que todos os demais atletas nascidos em 2006 também foram promovidos. Nesta pré-temporada, Pellegrin, William, Kaio, Beto e Guilherme Henrique chegaram a ser testados no time titular até, enquanto outros, como Rafael Venâncio e Laércio, buscam seus espaços. Ao mesmo tempo, foram contratados dez nomes para reforçar o Sub-20. O processo de adaptação tem sido bem visto pelos jovens jogadores.

"Chegou uma galera muito boa agora e ainda tem muito jogador 2004 no grupo. Com a gente (jogadores 2006) chegando no grupo, acho que vai agregar bastante e vamos fazer um excelente ano. E temos um elenco que vai para a terceira temporada (de Sub-20). O Pedrinho, o Renato...", explicou Bahia.

"O grupo está bem entrosado, subimos com o William, Pellegrin, Kaio... e já tínhamos um vínculo com os meninos 05s, o que ajuda bastante. Os 04s que ficaram vão nos ajudar a somar por terem mais experiência de Sub-20. O grupo está bem entrosado", completou Matheus Corrêa.

Como ser capitão - ainda mais do Corinthians - ajuda na base

A faixa de capitão passou pelo braço de ambos os jogadores ao longo de 2023, além de outros momentos de suas respectivas carreiras. Assim, fica uma certa dúvida: isso ajuda em algo?

"Ajuda bastante. A braçadeira de capitão dá uma confiança do treinador, do time, também. É muito legal. Ano passado fui capitão no Corinthians e alguns jogos da Seleção. É uma boa sensação ser capitão, ainda mais em um clube como o Corinthians. É uma responsabilidade muito grande", apontou Bahia.

Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians

Matheus Corrêa, por sua vez, explicou, em um papo bem humorado, que não costumava ostentar tanto a braçadeira principalmente pelo volante ser "fominha" quanto à capitania. "Mesmo não sendo capitão, acho que todo mundo se cobrava, se incentivava. Todo mundo levantava um ao outro, mesmo não tendo a faixa de capitão", comentou na sequência.

"É que no nosso grupo ano passado o que ajudou bem era que eu era o capitão, mas nunca queria ser a mais no grupo. Tinha eu, o Matheus (Corrêa), o William, o Pellegrin. Todos eram capitães. O Dalla Déa sempre falava: 'todos são capitães'. O GH, o Beto, todo mundo. Todos têm o direito de erguer dentro do campo, levantar o time, botar o alto astral lá para cima", concluiu o assunto Bahia.

Rodrigo Gazzanel / Agência Corinthians

Guilherme Dalla Déa era o técnico do Corinthians Sub-17 em 2023. Guiou os jogadores até o título do Paulista da categoria daquele ano. Pouco depois, decidiu aceitar o convite do Atlético-MG para comandar o time Sub-20, gerando uma série de indefinições no comando daquela equipe. Três treinadores depois, Raphael Laruccia assumiu a equipe - o treinador, inclusive, concedeu entrevista ao Meu Timão e explicou como essas trocas no comando afetaram o elenco.

Importância de novo auxiliar e trabalho com ídolo do Corinthians

As mudanças nas comissões técnicas não se restringiram ao time Sub-17. Após uma "dança das cadeiras", Vinícius Marques, o braço direito de Dalla Déa, acabou assumindo o posto de principal auxiliar de Danilo no Sub-20. "O Vinny está agregando muito no Sub-20. Até ano passado estávamos juntos e no retrasado pelo Sub-16, então esse vínculo com ele é muito bom. Como falei, ele veio para o Sub-20 para o agregar", explicou Matheus Corrêa, que foi completado por Bahia, que destacou a importância do profissional na adaptação deles e dos demais 2006s: "O Vinny ajuda bastante a gente por ele conhecer o grupo que está subindo. Conheço ele desde o Sub-15, sempre foi ajudando bastante. Ele é um excelente profissional".

Rodrigo Gazzanel / Agência Corinthians

Outro prestígio que a dupla tem tido é de ser comandada por Danilo, ídolo do Corinthians que busca repetir o sucesso fora das quatro linhas. Ambos destacaram que o estilo dele e de Vinícius são quase que complementares, porque o ex-jogador é mais quieto e o auxiliar mais comunicativo.

Ainda que fale pouco, tanto Bahia quanto Matheus destacaram que ele é bastante certeiro nos comentários.

"O Danilo é um cara fora da curva como jogador e treinador, também. Ele ajuda bastante o time, mesmo não demonstrando tanto por falar, mas ele acaba sabendo o que o time precisa, o momento do time. Ele é mais quietão, mas ele sabe o que faz. Ele é bem direto no que ele quer", comentou Bahia.

"É muito legal ter o Danilo como treinador, tanto pela história dele no clube quanto pelo que fez pelo clube, também. Agora ter ele como treinador é legal também por todo o aprendizado que ele passa para gente", emendou Matheus Corrêa.

No comando do Sub-20 desde 2022, Danilo acumula 95 jogos como técnico da equipe, com 60 vitórias, 16 empates e 19 derrotas. Seus comandados também anotaram 208 gols e sofreram outros 80. A Copinha foi seu primeiro título como treinador.

Agora, Danilo, ao lado de Bahia e Matheus Corrêa, busca ampliar a prateleira com o Brasileiro e o Paulista, torneios que o Corinthians já bateu na trave em outros momentos.

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