Corinthians faz acordo de dívida por Romero e vai ter de pagar R$ 13 milhões a empresário
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Por Pedro Mairton e Rodrigo Vessoni
O Corinthians fez um acordo com o empresário Beto Rappa pela compra do atacante Ángel Romero, ainda em 2014. A diretoria corinthiana topou pagar mais cerca de R$ 13,1 milhões em 22 parcelas pela dívida do empréstimo para contratar o paraguaio, que custará ao todo mais de 20 milhões caso o clube cumpra com as obrigações. A decisão foi homologada na última terça-feira pelo juiz Luis Fernando Nardelli, da 3ª Vara Cível.
A informação foi divulgada inicialmente pelo portal ge.globo e confirmada pelo Meu Timão. O Corinthians tinha pedido um empréstimo a Beto Rappa de 3 milhões de dólares (cerca de R$ 6,6 milhões na cotação da época) para contratar Romero em 2014, mas não chegou a pagar o valor combinado ao empresário.
Com o aumento do dólar, que estava cotado a R$ 2,2 reais na época e atualmente está em R$ 4,9, somado com outras correções monetárias, o valor a ser pago a Beto Rappa subiu para R$ 13,1 milhões, que devem ser quitados a partir desta quarta-feira, dia 31 de janeiro. O Timão já depositou R$ 6,7 milhões aos cofres do empresário.
Do montante da dívida, R$ 11,3 milhões serão pagos pelo Corinthians diretamente a Beto Rappa. Outros R$ 812 mil devem ser depositados ao advogado do empresário, além de R$ 1 milhão do valor bloqueado pela Justiça em janeiro de 2024.
Três presidentes corinthianos fizeram acordos para quitar a dívida da gestão Mário Gobbi com Beto Rappa. O primeiro foi Roberto de Andrade, em 2017, que chegou a ser estendido duas vezes e foi passado para Andrés Sanchez, que assumiu em 2019, e fez nova negociação para abater a pendência, novamente não cumprida. Já em 2021, Duilio se comprometeu a pagar R$ 13,4 milhões ao empresário em 12 prestações, mas parou em março de 2023, o que fez o agente entrar com nova ação na Justiça.
No novo acordo realizado entre Corinthians e Beto Rappa, o Timão será obrigado a pagar o valor integral ao empresário caso atrase três parcelas, mesmo de forma não consecutiva, além de multa de 10% e juros de 1% ao mês.