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Ex-analista do Corinthians relembra período no clube e enaltece Cifut

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Por Meu Timão

Atualmente Gabriel Magalhães atua como técnico na Tailândia

Atualmente Gabriel Magalhães atua como técnico na Tailândia

Divulgação / Chiangrai United

Atualmente treinador no Chiangrai United, da Tailândia, Gabriel Magalhães atuou no Corinthians entre 2016 e 2020 como analista de desempenho.

No começo da passagem, atuou no Centro de Análise de Desempenho e Inteligência da Informação (CADI), a área responsável pela performance da base alvinegra. "Era coordenador. Foi muito bom, mas muito desgastante. Não tinha folga, trabalhava todos os dias. Filmava todos os treinos, criei mecanismos de cortes individuais dentro de cada posição. Filmava, comparava jogo a jogo para ver a evolução do jogador. A ideia era melhorar o atleta. Sábado e domingo tinha jogo, acompanhava as categorias inferiores e ainda comparecia aos jogos na Arena para ver de perto o profissional. Trabalhava praticamente por 24 horas", contou Gabriel em entrevista à Gazeta Esportiva.

Enquanto na base, acompanhou de perto desenvolvimento de atletas como Carlos Augusto, Lucas Piton, Du Queiroz, Pedrinho e Gustavo Mantuan. Em seguida, foi realocado, passando a integrar o o Centro de Inteligência do Futebol, o Cifut, atuando na parte de análise de adversários, além de observar o mercado em busca de contratações.

"Recebi o convite e fiquei muito feliz. Já conhecia os profissionais, foi muito gostoso. Me tornei analista de adversário, organizei parâmetros, foi uma evolução muito grande na minha carreira. Assistia a muitos jogos, ajudava na captação de jogadores. Trouxe para o clube Fessin, Ruan Oliveira... Já tinha um olho para o mercado. Foi bem legal, consegui identificar comportamentos e ideias de jogo a partir do adversário", relembrou.

O departamento é regularmente envolvido em polêmicas devido a sucateamentos. Em 2020, por exemplo, foi reformulado após críticas do até então técnico Tiago Nunes. Para os próximos anos, Augusto Melo, novo presidente do Corinthians, indicou que quer capacitar mais o setor.

Gabriel Magalhães explica que maior parte dos treinadores trabalha com análise desempenho, mas com análises próprias, inutilizando o Cifut. Na sua visão, isso é bastante errado.

"Já ouvi muito que são vários os casos de treinadores que não utilizam o departamento de inteligência. Alguns não gostam, preferem eles mesmos fazer esse estudo. Não é que não utilizem a análise, eles não utilizam a do clube, muitas vezes possuem um auxiliar para isso. Acho que é uma perda de material. Vi várias vezes o Fábio Carille usando coisas que o departamento separava, chegamos a ganhar jogo por conta disso", comentou o ex-analista.

"Quem ganha o jogo é o atleta, evidentemente, mas você vê o Cássio citar muito os pênaltis que ele pega, que têm todo um estudo por trás. Na final contra o Palmeiras no Campeonato Paulista de 2018, a gente sabia que se fosse para os pênaltis nós venceríamos. Acho a não utilização uma perda muito grande para o treinador, mas o material é feito independente do profissional que estiver ali. Hoje um técnico não pode utilizar, mas amanhã outro treinador utilizará. Acho de extrema importância. Mas como é utilizado vai de cada um que está no comando da equipe", acrescentou.

Por que os jogadores da base têm dificuldade para render?

Como trabalhou na base alvinegra por bastante tempo, Gustavo conhece esse funcionamento de dentro do clube. Na visão do agora treinador, o principal problema do Corinthians é a falta de continuidade no trabalho de um treinador. Se o técnico não consegue permanecer no Parque São Jorge por um longo período, não dá para desenvolver esses talentos.

"O principal é o modelo. O Corinthians vive um momento de muitas trocas, muitas ideias diferentes, de treino, jogo, posicionamento, correções. Tudo isso é muito difícil. O Guilherme Arana, por exemplo, esperou um ano para jogar, com Tite colocando devagar. Quando você tem uma equipe montada, como o Palmeiras do Abel, você vai colocando os garotos", explicou.

"No Corinthians, tudo acontece de forma muito rápida. É um clube de muita paixão, é um amor muito grande, um bando de loucos. É muita pressão. Se hoje o Corinthians está na mão de um mesmo treinador há dois anos, com clube montado, de repente o Léo Mana se torna um Arana. Igual o Carille fez com o Pedrinho e muitas vezes a imprensa batia. São fatores que ao meu ver prejudicam os garotos, mas o mais importante é ter a safra, ter o talento. É ver agora se o Corinthians não vai ser rebaixado, se o trabalho do Mano vai ter continuidade, acho que isso vai ser muito importante para os garotos", completou.

Atualmente no time profissional, Mano Menezes conta com dez jogadores abaixo dos 23 anos: Matheus Donelli, Léo Mana, João Pedro Tchoca, Gabriel Moscardo, Guilherme Biro, Matheus Araújo, Felipe Augusto, Giovane, Wesley e Pedro. Nessa reta final de temporada, tem conseguido dar minutagens a alguns e a tendência é que dê mais oportunidades em 2024.

Veja mais em: Base do Corinthians e Técnicos do Corinthians.

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