Corinthians vence ex-jogador Ricardinho na Justiça do Trabalho e evita nova perda financeira
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Por Rodrigo Vessoni
Após 12 anos de inúmeros recursos dos dois lados, o Corinthians venceu o ex-jogador Ricardinho na Justiça do Trabalho e, assim, evitará uma nova perda financeira, que poderia ser de algumas centenas de milhares de reais.
Tudo começa em julho de 2007. Então com 31 anos, o ex-volante assinou contrato por um ano e meio, mas pediu demissão no início de 2008, pouco depois de a equipe cair para a Segunda Divisão. Um ano depois, mais precisamente em março de 2009, Ricardinho resolveu acionar o Corinthians na Justiça. E a batalha jurídico começou...
O ex-jogador entrou com ação alegando que foi forçado a pedir a rescisão quando ainda estava lesionado, postulando a nulidade de tal ato, com o pagamento dos salários devidos até a data de término de contrato.
O advogado de Ricardinho ainda pediu verbas rescisórias, multas, diferenças salariais e reflexos, indenização equivalente ao seguro acidentário e indenização por danos morais. Tudo com juros e correções. O valor inicial da causa foi de R$ 200 mil que, certamente, ultrapassaria a casa do milhão tantos anos depois.
O departamento jurídico do Corinthians se defendeu durante esses 12 anos, negando qualquer tipo de rescisão por coação e reafirmando que o pedido de rescisão partiu do próprio reclamante. Além disso, o clube ressaltou que Ricardinho sempre esteve apto para treinos físicos e jogos, rechaçando qualquer agravamento da suposta lesão.
Tanto o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) quanto o Tribunal Superior do Trabalho (TST) entenderam que as alegações de Ricardinho eram infundadas. Os juízes que analisaram o caso sentenciaram que não houve o reconhecimento/agravamento de doença profissional no curso do contrato de trabalho e, por conseguinte, não houve qualquer prejuízo causado pelo clube. Ricardinho e seu advogado acabaram sendo condenados a pagar honorários periciais, de cerca de R$ 2 mil.
Em tempo: Ricardinho, que assinou em julho de 2007, atuou em apenas oito jogos pelo Corinthians, deixando o clube no início do segundo turno daquele Brasileirão.
Inusitado
O inusitado é que, após a decisão final, a 44ª Vara do Trabalho de São Paulo se equivocou e pediu o bloqueio das contas do Corinthians no valor mencionado acima. O Jurídico do Clube, então, entrou com uma petição de urgência pela correção que, imediatamente, foi realizada pela Justiça. A conta foi desbloqueada e, no início desta semana, houve o pedido de bloqueio do valor na conta do ex-jogador.