A Justiça determinou a penhora de R$ 1.350.072,46 das contas bancárias do Corinthians. O valor é referente ao processo trabalhista iniciado em 2009 pelo ex-zagueiro Marcus Vinícius, revelado nas categorias de base do clube que ficou sob contrato entre janeiro de 2003 e agosto de 2007. O Meu Timão, que havia revelado a possibilidade da perda, teve acesso às últimas movimentações do processo.

Após cálculo de um perito judicial, a juíza Gilia Costa Schmalb autorizou a penhora online. No mesmo despacho, a magistrada da 65ª Vara do Trabalho de São Paulo também ordena que, caso a tentativa do bloqueio seja infrutífera, opte-se pela penhora dos créditos do Corinthians junto à TV Globo. Um pedido de acordo de parcelamento desse valor, a pedido do clube, não pode ser descartado.

A base do processo de Marcus Vinícius foi o Direito de Arena, que é um percentual dos valor das cotas de TV que precisa ser repassado aos atletas. O ex-jogador cobrava a diferença de 15% do dinheiro recebido pelo Corinthians em nove campeonatos (Paulista 2005, Brasileiro 2005, Sul-Americana 2005, Paulista 2006, Brasileiro 2006, Libertadores 2006, Paulista 2007, Brasileiro 2007 e Copa do Brasil 2007). Clube repassou 5%, mas a lei na época falava em 20%.

Além do principal, o pedido do zagueiro ainda trazia reflexos no contrato de trabalho, como 13º salário, descanso semanal remunerado, férias acrescidas de um terço, FGTS e INSS, acrescido de juros e correção monetária. Houve ainda pedido de gratuidade nos honorários advocatícios.

O valor total (R$ 1.350.072,46) é consequência dos seguintes reflexos trabalhistas:

• Principal atualizado: R$ 550.045,89
• Juros: R$ 765.498,87
• FGTS: R$ 14.436,47
• Juros FGTS: R$ 20.091,23

Reprodução/Internet

Pela equipe principal do Corinthians, Marcus Vinicius atuou no ano de 2003 e entre os anos de 2005 e 2007. O defensor atuou 55 jogos pelo Timão, com três gols. O defensor conquistou um título: Brasileirão 2005.

Após sair do Corinthians em 2007, Marcus Vinicius Cesário atuou seis anos no Instanbul BB, da Turquia. De volta ao Brasil, o jogador vestiu as camisas de Guaratinguetá, Marília, Goianésia, Anápolis e Atibaia.

Em tempo: após a definição do valor por parte do perito judicial e o despacho da juíza, a ex-esposa de Marcus Vinícius entrou com uma petição e solicitou que 50% do valor seja repassado a ela. A juíza concedeu a autorização. Pelo acordo firmado e anexado ao processo, a advogada do ex-jogador, Marisa Alija, ficará com outros 30%.

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