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Ao Meu Timão, Duílio Monteiro explica planos para Arena, justifica contratações e defende o Sub-23

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Por Andrew Sousa, Lucas Faraldo e Rodrigo Vessoni

No próximo sábado, os sócios do Corinthians vão ao Parque São Jorge para decidir o próximo presidente do clube. Os candidatos ao pleito são Augusto Melo, Mário Gobbi e Duílio Monteiro Alves. Representante da situação, o ex-diretor foi o último a falar com o Meu Timão antes da votação - assista no vídeo acima.

Em conversa ao vivo no nosso canal do Youtube, Duílio expôs algumas de suas propostas, que passam desde a Neo Química Arena até o polêmico Sub-23. Confira os principais pontos abaixo.

Faturamento da Neo Química Arena

Depois do anúncio da venda dos naming rights, a atual gestão passou a bater na tecla que, a partir do ano que vem, parte da bilheteria do estádio vai para os cofres do Corinthians. Em entrevista recente, Duílio projetou 50%, mas desta vez, evitou cravar um valor, mesmo garantindo que isso vá acontecer após iminente acordo de Andrés com a Caixa.

"O estádio é do Corinthians, independente do próximo presidente, é do clube a Arena. A negociação está sendo feita e Andrés vai cumprir o combinado de resolver a situação da Arena. Em relação ao percentual, sabemos que o torcedor também se interessa nessa parte, mas vamos aguardar o desfecho da negociação, o mais rápido possível vocês vão entender", escreveu.

"O presidente vai cumprir, assim como cumpriu sobre a venda dos naming rights. A Arena hoje também tem muitos negócios, outros sendo construídos, restaurantes, clínicas, universidades, enfim. O torcedor ainda não teve acesso, pela pandemia, mas quando reabrir o torcedor vai ficar contento com o que já tem e o que mais está por vir. A ideia é que ela gere receita 24 horas por dia, sete dias por semana", completou.

Por que tantas apostas?

Pela passagem recente como diretor de futebol, Duílio Monteiro Alves também falou sobre o alto número de contratações na temporada - a maioria delas apostas, com pouco nome no cenário nacional e internacional.

"Eu entendo, mas quantos Jemerson existem saindo livre do Monaco? Ai dá para fazer aposta, não é um contrato muito longo, salário muito alto. Temos jogadores top de linha, que chegaram, custando caro, e não renderam, e ai o prejuízo é muito maior. Depende do momento, do mercado, da posição para podermos discutir isso. É lógico que preferimos um jogador formado e que vista a camisa e jogue, mas não sabemos se isso vai acontecer, o futebol não é certeza. Temos por exemplo o Luan, que fez partidas boas agora, para mim jogou muito já, Rei da América, é corinthiano, mas ainda não deu certo aqui, mas vai jogar muito, não tenho dúvidas, está começando a melhorar, ter mais ambiente. Se vê muito escândalo onde não tem, tudo tem explicação. Temos que tomar decisões, erramos, acertamos... exemplo não falta. Tem o Romero por exemplo, muita gente diz que ele tinha que ter ficado, vi matérias esses dias, que poderia ter feito isso e aquilo para ele ficar, mas po, ele queria ganhar uma fortuna, não tinha condições, era um salário inviável", resumiu.

"Depois que aconteceu é fácil comentar. É fácil dizer hoje que manter o Romero era melhor porque tentamos seis caras que não deram certo... não deram ainda, né. Fui questionado sobre o Fessin, pelo valor baixo. Poxa, ninguém nem sabia quem ele era aqui no Corinthians, agora que está dando certo vou sendo cobrado. Muitas vezes somos criticados por emprestar, como pagamos.... bom, hoje ele vai bem lá, mas depois do ocorrido é fácil criticar. Se a gente soubesse como ia ser, investiria melhor no Romero, mesmo ele ficando dois anos sem jogar. A gente tem que decidir antes de acontecer. Sabemos do Felipe zagueiro também, vida difícil, hoje é um dos maiores do mundo, isso acontece. O jogador formado, pronto, não significa que vai chegar e jogar. Muitas vezes por isso deixamos algo que não é bom no momento passar, como o Romero, que enrolou, não era negócio bom na época, ainda mais como tudo foi. Tentamos trazer atletas, com pedido do treinador, contratamos pelo treinador sempre, que fique claro, que veio foi indicação do treinador, a diretoria olha e dá a palavra final", acrescentou.

Intenção é manter o Sub-23

Entre os assuntos mais polêmicos do Corinthians no momento, o Sub-23 foi defendido por Duílio Monteiro Alves. Longe do departamento, o ex-diretor de futebol ressaltou o investimento baixo e a possibilidade de alto retorno, mesmo que com poucas revelações.

"Eu não sou desse departamento, mas faço questão de responder e explicar porque eu manteria. Ela é uma categoria barata se você for ver em termos de futebol, pelos salários, com a despesa anual que não chega a R$ 5 milhões. É dinheiro? sim, é, mas no meio do futebol se você revelar um jogador, já valeu a pena. E sobre a maturação dos jogadores também é nesse período, existem exceções, mas muitas vezes quando se estoura os 20 anos o clube perde um atleta por ele não estar pronto e não caber no profissional também. Escutamos histórias que o clube perdeu tal jogador da base, não é assim, as vezes não estava pronto. Além disso, conseguimos também trazer promessas de outros clubes que muitas vezes estouraram a idade e não tem o Sub-23", pontuou.

"Não acho que não trouxe frutos até agora, acho que por exemplo Xavier tinha idade do Sub-23, mas estava ali com o profissional, foi promovido pelo Tiago Nunes, ele e o Roni, o Raul. Roni tem vindo bem, tem potencial para nos ajudar em muito, o Raul também, Xavier preciso nem falar, é quase titular desse time já. Mas que seja só o Roni, pelo custo do Corinthians, lógico que não e tudo isso por um atleta único, mas sendo um primeiro ano, foi bem. Em termos de Sub-23 começou agora, né, nem teve campeonato. Assinamos contrato antes sim, porque senão não pode nem ser inscrito. Nós hoje lideramos o Sub-23, classificamos, jogaremos no sábado, formos bem. Optamos por não jogar a Copa Paulista, acompanhei isso não de dentro, mas acompanhei. Eu tento me informar por tudo, né, porque se eu for eleito eu tenho que estar por dentro. Então nesse caso optou porque no meio de uma pandemia com 30 e poucos jogadores seria difícil. Por conta de calendário também, não conseguiríamos os dois campeonatos, e não podemos entrar em time, precisaríamos de dois times inteiros para os dois campeonatos", finalizou.

Veja mais em: Duílio Monteiro Alves e Eleições no Corinthians.

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