A crise financeira que assombra o Parque São Jorge se agravou na temporada passada. Não bastasse graves problemas em outros setores, o Corinthians fechou 2019 com uma dívida de R$ 97 milhões de empréstimo, além dos juros. Ao todo, são seis bancos e três pessoas físicas.

No balanço financeiro do ano passado, divulgado nesta semana, o Timão informou que precisará pagar R$ 14,3 milhões para empresários (Carlos Leite, Giuliano Bertolucci e Denis Mandelbaum). Confira abaixo detalhes dessas dívidas:

• A dívida com Carlos Leite tem juros de 1,94% ao mês. O empresário, até dezembro de 2019, tinha R$ 6,67 milhões a receber do clube;
• Com Giuliano Bertolucci, o Corinthians acumula dívida de R$ 7,33 milhões. Ele cobra taxa de 1,5 % ao mês;
• O balanço alvinegro também mostra que o Timão deve R$ 300 mil a Denis Mandelbaum - sem juros.

Questionado sobre a situação durante live com a reportagem do Meu Timão, nesta terça-feira, Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, alegou que questões financeiras com empresários foram feitas em gestões passadas, mas admitiu empréstimos com bancos.

"Quando tem falta de fluxo de caixa você pega dinheiro emprestado. Eu não peguei dinheiro emprestado com empresário nenhum. Todos empresários que tem lá com dinheiro emprestado é de outra gestão, da gestão do Roberto de Andrade. Eu não tenho nenhum. Eu peguei com financeiro, com os bancos", pontuou o atual mandatário alvinegro.

Carlos Leite, cabe destacar, agencia Cássio, Fagner, Gil, Mateus Vital, Camacho e Fessin. Enquanto Giuliano Bertolucci, ao lado de alguns sócios, está ligado aos atletas Léo Santos, Ramiro e Pedrinho.

O empréstimo junto ao Denis Mandelbaum, por sua vez, chama atenção. De acordo com o Globoesporte.com, o dinheiro (R$ 300 mil) foi utilizado em 2018 para a compra do lateral-esquerdo Rael, já que Denis é irmão de Maurice Cohen, empresário do jovem defensor. Emprestado ao Oeste no início desta temporada, Rael não tem mais vínculo com o Corinthians.

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Em relação aos bancos, o Corinthians deve pouco mais de R$ 82 milhões. Além disso, as taxas de juros pagas aos agentes são maiores do que as de outros empréstimos junto a esses bancos. Para o BMG, patrocinador máster, o clube paga 1,3% ao mês. A tarifa cobrada pelo Daycoval é de 1,27% por mês.

Vale ressaltar que um terço do valor total da dívida pertence ao Banco BMG (cerca de R$ 35 milhões). O presidente Andrés Sanchez, no entanto, preferiu não detalhar essa questão.

"São empréstimos. Eles compraram o Luan. Não tem nenhuma ligação com o pagamento que o BMG faz como patrocinador", resumiu o presidente do Corinthians.

Conforme antecipado pelo Meu Timão, o Corinthians registrou um déficit de R$ 177 milhões na temporada de 2019, ultrapassando os três dígitos negativos pela primeira vez em mais de 109 anos de história.

Confira o trecho do documento na íntegra

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